29 de janeiro de 2010

O HOLOCAUSTO



O termo holocausto vem do grego e significa " Sacrifício pelo Fogo", tal termo porém é usado para qualquer modo de sofrimento que envolve a perda da vida de uma pessoa, grupos, etinias ou povos.
Nesse contexto moderno durante o século XX tivemos um dos maiores se não o maior holocausto ocorrido durante toda a história da humanidade, durante a segunda guerra mundial e influenciado diretamente pela política nazista de superioridade racial, o arianismo.
Para entendermos melhor tudo isso, temos que voltar um pouco mais na história até o fim da primeira guerra mundial, a Alemanha havia sido derrotada e de acordo com o tratado de Versalhes planejada pelos paises vencedores (Tríplice Entente) a mesma foi responsabilizada por toda a guerra, sofrendo assim algumas retalhações políticoeconomicas. Desta forma o tratado determinava alguns pontos que deveriam ser cumpridos pela Alemanha que  incluiam: Ter que pagar os prejuízos da guerra aos países vencedores, não poderiam mais se rearmar militarmente, nem fazer testes com bombas dentro de seu território, além de perder parte de seu território  com isso o mapa europeu mudou, a Alemanha foi cortada e desta forma foi criado outros países, além de que seu exército não poderia ter mais de 100 mil homens e sua produção bélica seria fiscalizada.
A Grande Alemanha com seu poderio, seus dois impérios ou Reichs, estava agora destruida pela guerra, seus cofres estavam falidos, seu território estava cortado perdendo habitantes que agora faziam partes de outros países, ou seja, o moral alemão estava em baixa, o orgulho nacionalista alemão praticamente havia se extinguido, o orgulho de se sentir alemão, que outrora foi um imenso com o Império romano germanico, posteriormente no século XIX com a unificação alemã e a formação do seu estado, quando ela entra no mundo imperialista com capacidade de rivalizar e com a Inglaterra (principal economia mundial) simplesmente não existia mais.
Nesse contexto histórico um soldado que participou da primeira guerra mundial pela alemanha foi ganhando notoridade no mundo político alemão, seu nome, Adolf Hitler. Hitler tinha um pensamento nacionalista aflorado na pele e para ele toda a humilhação que a Alemanha estava passando perante o mundo não era justa para um país tão grande, rico e de uma história tão poderosa. Enquanto mais Hitler crescia no mundo político alemão, suas idéias racistas de superioridade alemã perante alguns povos estavam cada vez mais a tona, e isso foi de muito bom grado ao povo alemão se sentir importante novamente. O que Hitler fez na verdade foi exaltar a ideia de macao, pertencimento a um povo, e encontra uma terra fertil para isso, um povo humilhado perante a comunidade internacional, crise econômica  acentuada pela politica liberal (quenHitler achava fraca), desemprego, caos social, Hitler surge como uma solução viável para o povo alemão. No entanto em janeiro de 1933 seu partido o partido Nazista subiu ao poder da Alemanha com Hitler como seu lider, após no que se acredita ter sido um golpe armado pelos nazistas, o incêndio do Reichstag, o parlamento alemã, em 28 de feverreiro de 1933, o governo(nazista) suspendeu os direitos civis constitucionais e deram total autoridade para que qualquer determinação fosse dada sem que fosse preciso a aprovação parlamentar. Após a morte do presidente alemão em 1934, Hilter no entanto ocupa as três maiores posições do governo alemão: O Presidente do Reich (chefe de estado), Chanceler do Reich (chefe de governo), e Führer (chefe do Partido Nazista).
Após esse apurado históric
o para entendermos como se deu essa idéia de superioridade, voltemos então para o assunto principal do artigo.
Como já foi dito os alemães que chegaram ao po
der no ano de 1933, acreditavam que o povo alemão era racialmente superior aos outros povos e que deveriam por isso se espalhar pelo leste europeu( devemos lembrar que o antissemitismo e a ideia arianista não é uma invenção das mentes dos nazistas), o sangue alemão era mais puro do que os outros segundo o pensamento nazista, as mulheres alemãs eram influenciadas a terem filhos para que assim possam cada vez mais espalhar a pureza racial.
Mas além disso havia, para eles, alguns problemas, Haviam povos dentro do território alemão que eram considerado povos racialmentes inferiores e para a raça "ariana" ser suprema na europa esses povos deveriam ser extinguidos da face da terra.

Entre vários povos que eram considerados inferiores podemos citar alguns como: os ciganos, os deficientes físicos e mentais, e eslavos (poloneses, russos e de outros países do leste europeu). Existiam também povos que eram inferiores por motivos políticos, ideológicos e comportamentais: tais como os comunistas, os socialistas, as Testemunhas de Jeová e os homossexuais. O mais conhecido sofredor do holocausto alemão foram os judeus.
Na alemanha de 1933 a população judaica era mais de nove milhões de pessoas.
A maioria dos judeus europeus vivia em países que a Alemanha nazista ocuparia ou viria a influenciar durante a Segunda Guerra Mundial.
Pelo grande número de jud
eus, para os nazistas, eles eram o mais e o maior 'inimigo' do regime ariano, foi desenvolvida pelos nazistas o que ficou conhecida como " Solução Final" que de modo simples para o entendimento era a aniquilação de todos os judeus no território alemão ou de países aliados.
No início do regime nazista o governo Nacional-Socialista criou campos de concentração para deter seus oponentes políticos e ideológicos. Nos anos que antecederam a Guerra as SS e as autoridades policiais prenderam um número grande de judeus, ciganos e outras vítimas do seu ódio étnico e racial naqueles campos. Para concentrar, monitorar, e facilitar a deportação futura da população judaica, os alemães e seus colaboradores criaram guetos, campos de transição e campos de trabalho escravo para judeus. As autoridades alemãs também estabeleceram um grande número de campos que exploravam o trabalho forçado de não-judeus, tanto no chamado Grande Reich Alemão quanto nos territórios ocupados pela Alemanha. Não importava quem fosse, para o regime nazista se fizesse parte de um desses grupos considerados inferiores seria exterminados, explorados, excravizados, mortos à fome, há quem diga que muitos judeus serviram como cobaias em experiências médicas alemãs, crianças, jovens, adultos, idosos, mulheres, homens, foram cruelmente mortos.
Há historiadores como por exemplo Raul Hilberg que diz que as vítimas do holocausto passavam por quatro fases distintas que eram:

1º Identificação / Definição
2º Discriminação económica e separação
3º Concentração
4º Extermínio

Na primeira fase a da identificação/definição, as vítimas eram identificadas com suas respectivas classes, crenças, idéias, eles eram indentificados de tais modos:
  • amarelo: judeus — dois triângulos sobrepostos, para formar a Estrela de Davi, com a palavra Jude (judeu) inscrita; mischlings i.e., aqueles que eram considerados apenas parcialmente judeus, muitas vezes usavam apenas um triângulo amarelo.
  • vermelho: dissidentes políticos, incluindo comunistas
  • verde: criminoso comum. Criminosos de ascendência ariana recebiam freqüentemente privilégios especiais nos campos e poder sobre outros prisioneiros.
  • púrpura (roxo): basicamente aplicava-se às Testemunhas de Jeová, que por objeção de consciência negavam-se a participar dos empenhos militares da Alemanha nazista e a renegar sua fé ao assinar uma declaração.
  • azul: imigrantes.
  • castanho: ciganos roma e sinti
  • negro: lésbicas e anti-sociais (alcoólatras e indolentes)
  • rosa: homossexuais

Logo em seguida eram descriminadas economicamente, como os judeus em sua grande maioria eram comerciantes, foram obrigados a fechar seus negócios independente de qual fosse, teriam que fechar. Após a identificação e a discriminação economica eles eram conduzidos a campos de concentração, onde iriam trabalhar de forma sub humana, muitos morriam por não aguentarem o trabalho, nos campos de concentração eram colocado em vigor o quarto e ultimo ponto do holocausto que era o extermínio, todos os pontos anteriores foram feitos visando se chegar a esse e nesse ponto eles foram muito bem sucedidos, como já foi dito, muitos morriam pela alta jornada de trabalho, maus tratos, fome, câmara de gás, metralhados, e como alguns julgam dizer como cobaias de experiências médicas e cientificas.
Segundo consta no site:www.direitos.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=637&Itemid=25, mais de 7,5 milhões de pessoas morream vitimas do pensamento racista de seu líder, Adolf Hitler, pessoas justas, boas, más, com defeitos e qualidades, mas que perderam a vida por causa do orgulho racista e a profunda ovntade de se autopromover perante o mundo.
A guerra Acabou definitivamente no ano de 1945 com a invasão das tropas aliadas a Berlin, o mesmo homem que causou tanta dor provocando separação entre mães e filhos, irmãos, netos, pais, namorados, noivos, amigos, casados, não foi homem suficiente para suportar mais uma derrota alemã e consta na história que ele se casou com sua amante e posteriormente ambos se mataram, mas não antes de ordenar que seu corpo fosse creimado para não ficar exposto o corpo imóvel de um dos piores homens que já existiu na face da terra, falando agora não com a imparcialidade de um historiador e sim com a indignação de um ser humano.
Que nunca possamos esquecer essas atrocidades cometidas contra humano, pois só assim nunca mais repetirmos os mesmos erros.

Logo abaixo podemos ver fotos de vítimas dos holocaustos e campos de concentração.



11 de janeiro de 2010

O indio no periodo colonial Brasileiro


Índios, Gentios, Negros da Terra: O termo índio como nos é conhecido hoje deriva de um “suposto” erro do navegador Cristóvão Colombo, que acreditando ter chegado as índias denominou os habitantes da terra de índios.

Apesar do mau uso do termo em que os habitantes foram denominados, convencionou-se a chamar de índio toda e qualquer pessoa que aqui vivia antes da chegada dos europeus, mesmo que a população aqui encontrada seja diferente da população encontrada pelos espanhóis na América central. Além dessas imensas diferenças externas, existia também uma grande diferença interna, dentro do imenso território da América Portuguesa. Outros termos também foram designados para se falar dos índios, como por exemplo: Gentios, usado para designar todos os que não eram cristãos e Negros da terra, como os portugueses já conheciam a exploração de negros africanos, denominou-se negros da terra para os índios explorados que aqui viviam.

Tal heterogeneidade pode ser constatada na vida antes da chegada dos portugueses aqui no Brasil. A vida era muito variada de tribo para tribo, região para região, apesar de haver muitas diferenças entre eles, existia também muitas coisas em comum. De modo geral os indígenas não eram apenas caçadores e coletores, os índios exerciam também trabalho no campo, a agricultura. Plantavam a mandioca, batata-doce, amendoim, feijão, abóbora, plantas que eram usadas na medicina própria, em rituais e etc. Além da pesca e caça de pequenos animais, pois os animais de grande porte como vacas e cavalos foram trazidos pelos europeus posteriormente.

Com a chegada dos europeus na nova terra e o choque dessas duas culturas, ficou claro que as diferenças eram enormes, os nativos brasileiros tinham costumes que para os portugueses eram ou desconhecidos ou no mínimo estranhas, como por exemplo, a prática indígena de ofertar mulheres aos hóspedes. Outro exemplo dessas diferenças era a poligamia, que não chegou a existir de forma geral na cultura ameríndia, mas que aparentemente chocou os pudicos portugueses com sua moral cristã, apenas aparentemente. A visão dos portugueses em relação aos índios logo na sua chegada foi um misto de estranheza e encantamento principalmente pelo fato de andarem nus e não terem vergonha disso, sua língua que era totalmente diferente davam, aos portugueses duas alternativas: ou aprendiam as língua e dialetos dos índios ou ensinavam o português a eles. Os Jesuítas acharam estranho o fato de que algumas tribos viviam em sossego enquanto outras tribos viviam em constantes guerras umas com as outras, as crises diplomáticas foram utilizadas muito bem a favor dos portugueses. Mas o pensamento de encantamento principalmente dos jesuítas mudou quando conheceram seus rituais sagrados, curandeirismo e principalmente o canibalismo, tanto o endocanibalismo, onde eles comiam algum parente morto por motivos principalmente religiosos e o exocanibalismo, onde comiam inimigos capturados nas guerras, para adquirir sua força e coragem.

As relações incestuosas deixam claro tais diferenças de pensamentos culturais, para os índios o parentesco verdadeiro vinha da parte dos pais. Sendo assim não viam problemas em ter relações sexuais com as filhas de suas irmãs ou com qualquer parente que não seja da linhagem de seu pai. O asseio do corpo praticado pelos ameríndios foi também uma das práticas que surpreendeu os europeus de forma geral, o asseio com vários banhos de rios foi recebido pelos europeus como algo estranho tendo em vista que os mesmos não tinham costumes de tomar banho sempre. Com a chegada dos europeus ao Brasil, aos poucos se desorganizara a vida social e econômica indígena.

Os índios foram usados pelos portugueses como meio de adaptação a terra, aos costumes, aos alimentos, em geral a vida na nova terra. Para isso tiveram que definir dois tipos de índios, os amigos e os inimigos. Aproveitando-se dessa divisão e utilizando os primeiros contra os últimos para fazerem guerras e obterem escravos.

Com os índios amigos trabalhando para os portugueses e ainda escravizando os inimigos podemos dizer que tanto os índios amigos como os inimigos estavam inconscientemente ficando a mercê dos portugueses.

A primeira forma de exploração que se viu aqui foi a troca também conhecida como escambo, os portugueses davam produtos seus em troca de algum tipo de trabalho, alimentos e até mesmo escravos que eram capturados pelos indígenas para os portugueses. Aos poucos os índios estavam deixando toda sua cultura e passando a viver a vida que os portugueses estavam querendo que eles vivessem. Os índios foram explorados de três maneiras: O trabalho, obrigatório ou não, sendo pago aos índios uma remuneração quase sempre irrisória, a outra forma era a escravidão propriamente dita e a terceira o regime de administração, que seria um tipo de escravidão na qual os índios seriam forros ou livres formalmente, pois na prática continuariam sendo escravos. Além de tudo havia os jesuítas com seu trabalho de evangelização dos índios ao catolicismo o que fez ainda mais os índios se desvincularem de sua cultura original, com a introdução, por exemplo, do uso da roupa, que foi largamente contestado pelas índias, pois assim, segundo elas, ficaria mais difícil para tomarem banhos regularmente como era de costume. Sem contar que tais roupas trouxeram várias doenças para os índios, como doenças respiratórias e de pele. Os mesmos jesuítas travaram uma longa disputa em função da escravização dos índios, a Coroa estava querendo ganhar lucros com a terra para isso teria que explorá-los enquanto os jesuítas entendiam que os índios não poderiam ser explorados e sim cristianizados, podendo assim explorar e guerrear contra aqueles que não aceitassem o catolicismo, a chamada guerra justa. A forma de pensamento dos portugueses em relação aos índios era bem simples: para os índios que implantasse resistência à ocupação do território ou que não aceitassem a conversão ao cristianismo, à resposta seria a violência, com aprisionamento e morte de tribos inteiras, o aprisionamento dos chefes dos índios entre outras coisas.

Com tudo isso e ainda muitas doenças trazidas pelos europeus e que com o contato com o indígena dizimou milhares e milhares de índios, a degradação não só da cultura, mas do próprio índio ficou evidente. A brusca passagem do nomadismo para o sedentarismo, o trabalho diário e contínuo, além de guerras mais freqüentes que o normal contra os portugueses e no caso dos índios amigos contra outras tribos, guerras financiadas pelos portugueses, mudou completamente o metabolismo, o ritmo de vida e o esforço físico indígena, causando desta maneira a dizimação de milhares de índios.

Não houve para o indígena, em relação à preservação de sua cultura, quase nenhuma vantagem desse encontro com os portugueses, tal contato foi em grande parte dissolvente apesar de muito da cultura indígena está viva hoje principalmente nos interiores, com seus alimentos como o milho, mandioca, abóbora, a muqueca, o caju, e outros costumes como o pé descalço, o tabaco, o banho de rio e etc. Apesar desse contato com os indígenas é certo que existia no período colonial inteiro tribos indígenas que viviam no sertão brasileiro e que não entraram em contato com a cultura portuguesa, sendo assim tal cultura continuou viva por muito mais tempo do que as tribos litorâneas.

Bibliografia Auxiliar

1. http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/indios-brasileiros/indios-no-periodo-colonial.php

2. A formação da elite colonial: Brasil, c.1530-c. 1630/ Rodrigo Ricupero - São Paulo: Alameda, 2009.

3.Casa-Grande e Senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal/ Gilberto Freyre- 51ª ed. revista - São Paulo: Global 2006.

4. Dicionário de conceitos históricos/ Kalina V Silva e Marciel Henrique Silva- 1º ed. - São Paulo: contexto

Bibliografia Complementar

1. História do Brasil/ Boris Fausto – 13º ed. – São Paulo: EDUSP.

2. Segredos internos: Engenhos e escravos na sociedade colonial, 1550-1835/ Stuart B. Schwartz; Tradução Laura Teixeira Motta. – São Paulo: Companhia das letras, 1988.

3. História dos índios no Brasil/ Manuela Carneiro da Cunha – 1ª ed. São Paulo: Companhia das Letras.